Procissão de S.Cristóvao em Petrópolis vira caso de polícia…

da Tribuna de Petrópolis [ AQUI ]

Cem motociclistas foram autuados durante a tradicional Procissão Motorizada pelo Dia de São Cristóvão realizada no inicio da noite da última quinta-feira, em Itaipava.

As autuações foram feitas pela Operação Lei Seca — montada no Trevo de Bonsucesso – que também prendeu em flagrante dois motoristas que estavam embriagados.

A realização da procissão, que acontece há 61 anos, não foi autorizada pela Polícia Civil, Polícia Militar e também pelo Corpo de Bombeiros que não concederam o documento de “nada opor”, mesmo assim o evento foi realizado e de acordo com o organizador Nelson Theodoro da Rocha, contou com mais de 400 pessoas.

Segundo a delegada titular da 106a Delegacia de Polícia (DP), em Itaipava, Juliana Ziehe, além das autuações dos agentes da Lei Seca, várias pessoas com suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas também participaram da procissão e foram conduzidas à delegacia para prestarem depoimentos. “No ano passado tivemos várias ocorrências de motoristas e motociclistas trafegando em alta velocidade, roubos de veículos, pessoas dirigindo sem carteira de habilitação, além de acidentes. Recebemos também várias reclamações dos moradores. Por este motivo, indeferimos o pedido do organizador, por uma questão de segurança. Sugerimos até que fizesse a procissão a pé para evitar os problemas que aconteceram no ano passado”, disse a delegada.

De acordo com Juliana Ziehe, o organizador vai responder por desobediência (por ter realizado a procissão mesmo sem a documentação necessária). A delegada também vai oficiar a Secretaria de Fazenda para que multe o responsável pela procissão motorizada. “É importante que fique claro que não indeferimos a missa, mas sim a realização da procissão com veículos. Nenhum órgão de segurança pública autorizou e mesmo assim o evento aconteceu, por isso montamos uma operação junto com a PM e com a Lei Seca”, ressaltou a delegada.

O comandante da Policia Militar (PM), tenente-coronel Marcelo Bernardo confirmou que indeferiu o pedido de realização da procissão. E o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Gil Kempers também disse que negou o pedido. “Foi protocolado fora do prazo que determina a legislação”, comentou o comandante dos bombeiros.

Em nota a Prefeitura informou que agentes da Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans) e da Guarda Civil Municipal (GCM) deram apoio ao trânsito.

O organizador do evento Nelson Theodoro da Rocha, se defende dizendo que todos os pedidos foram feitos e que agentes da CPTrans e guardas civis municipais deram apoio a procissão. “Há 40 anos eu organizo a procissão e nunca me falaram que tinha prazo para entrar com pedidos. Para mim quem cuida do trânsito é a CPTrans, que estava lá dando apoio”, disse o organizador. “A procissão não tem culpa dos acidentes”, ressaltou Nelson, informando que para o evento do ano que vem vai protocolar os ofícios com antecedência. “Vou começar a ver isso imediatamente”.

O trajeto da procissão, todos os anos, passa por Itaipava e segue até Pedro do Rio, de onde o comboio segue para Corrêas, passando por dentro de Nogueira e Bonsucesso.

A missa pelo Dia de São Cristóvão acontece no Parque Municipal de Itaipava.


Adiante um vídeo de parte da procissão. Não era toda assim, mas essa era uma parte.


Nota: “Em relação  da Procissão de São Cristóvão, o evento não  era autorizado pelas Polícias  Militar e Civil. A via é  Federal, e os órgãos  de segurança  comunicaram previamente  aos responsáveis  pelas consequências   que poderiam gerar a realização  do evento. Mesmo assim os órgãos  de segurança  estavam no local para impedir um mal maior, face à aglomeração. A não  autorização  ocorreu de forma conjunta, devido  ao histórico de transtornos ocorridos em anos anteriores. Previamente  foram acionados  órgãos  de trânsito para atuação  local, e diversas notificações e conduções  para DP foram efetuadas, logo houve desdobramentos  administrativos e criminais. As atuações  dos órgãos  de segurança  visaram a minimizar a possibilidade  de um mal maior  à sociedade, e ao cidadão  de bem.”

 

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